Redução da densidade de extrassístoles e dos sintomas relacionados após administração de magnésio por via oral

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As extrassístoles (ES) são arritmias frequentes e muitas vezes sintomáticas. A prevalência das ES pode chegar até 50% da população,aumentando com a faixa etária.

Os sintomas relacionados à manifestação das extrassístoles podem ser percebidos como sensação de “falha”, palpitações, dispneia, tosse, tontura, dor peito e sensação desmaio.
Assim afeta a qualidade de vida dos pacientes. Geralmente, tais sintomas são notadas quando a quantidade de extrassístoles é alta. As arritmias extrassistólicas têm relação direta com a excitabilidade das células cardíacas, sendo influenciadas pelo equilíbrio dos eletrólitos no fluído intracelular. A interação entre o magnésio (Mg) e o cálcio (Ca) na regulação da permeabilidade das células musculares.
O magnésio torna-se muito importante para a manutenção do ritmo cardíaco regular por agir na fisiologia das membranas celulares.

O magnésio é o segundo cátion mais abundante no meio intracelular. Menos que um por cento do Mg é encontrado no sangue e aproximadamente 0,3% no soro. Sendo assim, as deficiências intracelulares muitas vezes não são diagnosticadas.

A maneira de vida caracterizada pelo estresse, dieta pobre em micronutrientes, treinamentos físicos intensos, privação de sono e uso de alguns medicamentos (diuréticos, aminoglicosídeos e ciclosporina) favorecem a deficiência de Mg. Este íon é encontrado principalmente em sementes, frutas secas e nas leguminosas. Na população geral, tal deficiência de Mg provavelmente ocorre devido à ingestão de quantidades menores que a necessidade para manter valores intracelulares adequados.

O objetivo deste trabalho é avaliar se a administração do pidolato de magnésio em pacientes com extrassístoles ventriculares (EV) e/ou extrassístoles supraventriculares (ESSV) é superior ao uso de placebo na melhora dos sintomas e redução da densidade das arritmias, bem como se esta melhora está relacionada à redução significativa na densidade de tais arritmias.
Os resultados deste trabalho evidenciaram que a suplementação de magnésio, por via oral, não só diminuiu a densidade de extrassístoles, mas, principalmente, resultou na melhora da sintomatologia em relação ao grupo placebo. No grupo placebo, somente 16,7% dos pacientes tiveram melhora dos sintomas. Nos pacientes que utilizaram PMg, esse percentual foi de 93,3%.
Conclusão

A simples administração, por via oral, de magnésio na população estudada (coração estruturalmente normal) foi capaz de reduzir a densidade de extrassístoles e de, principalmente, melhorar a sintomatologia.

 

Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2012000600002

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