sexta-feira, 24 julho 2020 / Publicado em Notícias

As extrassístoles (ES) são arritmias frequentes e muitas vezes sintomáticas. A prevalência das ES pode chegar até 50% da população,aumentando com a faixa etária.

Os sintomas relacionados à manifestação das extrassístoles podem ser percebidos como sensação de “falha”, palpitações, dispneia, tosse, tontura, dor peito e sensação desmaio.
Assim afeta a qualidade de vida dos pacientes. Geralmente, tais sintomas são notadas quando a quantidade de extrassístoles é alta. As arritmias extrassistólicas têm relação direta com a excitabilidade das células cardíacas, sendo influenciadas pelo equilíbrio dos eletrólitos no fluído intracelular. A interação entre o magnésio (Mg) e o cálcio (Ca) na regulação da permeabilidade das células musculares.
O magnésio torna-se muito importante para a manutenção do ritmo cardíaco regular por agir na fisiologia das membranas celulares.

O magnésio é o segundo cátion mais abundante no meio intracelular. Menos que um por cento do Mg é encontrado no sangue e aproximadamente 0,3% no soro. Sendo assim, as deficiências intracelulares muitas vezes não são diagnosticadas.

A maneira de vida caracterizada pelo estresse, dieta pobre em micronutrientes, treinamentos físicos intensos, privação de sono e uso de alguns medicamentos (diuréticos, aminoglicosídeos e ciclosporina) favorecem a deficiência de Mg. Este íon é encontrado principalmente em sementes, frutas secas e nas leguminosas. Na população geral, tal deficiência de Mg provavelmente ocorre devido à ingestão de quantidades menores que a necessidade para manter valores intracelulares adequados.

O objetivo deste trabalho é avaliar se a administração do pidolato de magnésio em pacientes com extrassístoles ventriculares (EV) e/ou extrassístoles supraventriculares (ESSV) é superior ao uso de placebo na melhora dos sintomas e redução da densidade das arritmias, bem como se esta melhora está relacionada à redução significativa na densidade de tais arritmias.
Os resultados deste trabalho evidenciaram que a suplementação de magnésio, por via oral, não só diminuiu a densidade de extrassístoles, mas, principalmente, resultou na melhora da sintomatologia em relação ao grupo placebo. No grupo placebo, somente 16,7% dos pacientes tiveram melhora dos sintomas. Nos pacientes que utilizaram PMg, esse percentual foi de 93,3%.
Conclusão

A simples administração, por via oral, de magnésio na população estudada (coração estruturalmente normal) foi capaz de reduzir a densidade de extrassístoles e de, principalmente, melhorar a sintomatologia.

 

Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2012000600002

segunda-feira, 30 março 2020 / Publicado em Notícias

A hipertensão pode ser caracterizada como o aumento da tensão nos vasos sanguíneos devido à forte pressão desempenhada pelo sangue em circulação na parede das artérias. A elevação da pressão arterial pode ser causada por várias circunstâncias, mas a principal delas é a contração das veias que servem de vias de movimentação do sangue.

A retração das artérias pode ser provocada pela alteração no volume de sangue em circulação no corpo; mudança no ritmo cardíaco; e ainda em decorrência da modificação na flexibilidade dos vasos. A doença pode ser impulsionada por vários fatores como a hereditariedade, características genéticas, avanço da idade, sobrepeso, obesidade, sedentarismo, diabetes, alcoolismo, tabagismo e estresse. No entanto, é possível constatar que os costumes alimentares possuem uma grande influência no desenvolvimento da doença.

Contribuindo para o surgimento e agravamento de doenças cardíacas, renais e vasculares, a hipertensão arterial é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal, conforme dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). E ainda, de acordo com o Ministério da Saúde, a doença atinge 25,4% das mulheres e 19,5% dos homens, sendo que 22,7% são adultos e 50% são idosos com mais de 60 anos.

Mesmo sem cura, a hipertensão pode ser controlada por meio da adoção de uma alimentação saudável e balanceada combinada a prática de atividades físicas regulares. Em casos mais intensos, as pessoas com esta condição também irão necessitar de medicamentos, às vezes pelo resto da vida.

Para tratar a hipertensão por meio da alimentação, é importante evitar a adição de sal na preparação dos alimentos, substituindo esse produto pelo alho, alecrim, orégano, cebola, manjericão e salsinha. Também é essencial diminuir o consumo de alimentos ricos em gordura hidrogenada, carboidratos refinados e conservantes, e que sejam industrializados, ultraprocessados e embutidos, pois os mesmos podem colaborar para o avanço do peso e surgimento da aterosclerose. Ainda é relevante lembrar que as ingestões de cafeína e de bebidas alcoólicas devem ser igualmente abrandadas ou cessadas.

Já a inclusão e elevação do teor de cálcio, potássio, magnésio e fibras na alimentação pode ser uma ótima opção para que a pressão se mantenha em equilíbrio. O cálcio pode ser encontrado no leite e seus derivados, hortaliças e sardinha. O potássio está presente em frutas, verduras e legumes. O magnésio pode ser obtido por meio das oleaginosas, soja, feijão, ervilha, lentilha, cereais integrais e hortaliças. Por fim, as fibras insolúveis estão concentradas no arroz, aveia, farinha e cereais integrais. É fundamental frisar que a preferência deve ser direcionada a leite desnatado e queijos meia cura; peixes e carnes frescas e magras; o uso de azeite nas preparações; e o consumo de alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados.